O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Anselmo José de Oliveira, apresentou nesta terça-feira (13), na reunião semanal da Escola de Governo, novos projetos para aumentar a segurança dos paranaenses. O projeto Segurança Cidadã, segundo o comandante, já está em planejamento e vai envolver ainda mais a Polícia Militar e a sociedade. “O crime nasce no interior de cada pessoa e se manifesta nas relações humanas”, afirmou o coronel. A intenção é mobilizar a sociedade em larga escala e, com isso, identificar e definir ações sociais que tenham reflexos na melhoria da segurança pública.

O coronel Anselmo destacou a Operação Escudo, desenvolvida em Curitiba desde 30 de abril deste ano, menos de um mês depois de ter assumido o comando-geral da corporação. Ele também falou das alterações nas escalas de serviço dos policiais, que passam a ser feitas conforme a necessidade apontada pelo geoprocessamento – Mapa do Crime. “Os policiais vão estar constantemente nas ruas nos horários em que a comunidade mais precisar deles. Nossas ações neste sentido terão mobilidade permanente”, disse.

Ainda sobre os projetos voltados diretamente à sociedade, o comandante falou sobre Força Samurai, que será um grupo criado com o objetivo de aumentar o combate ao crime organizado e ao narcotráfico. A Força Samurai vai atuar a partir de informações repassadas pela comunidade ao telefone 181 – Narcodenúncia, que serão processadas por uma equipe do Núcleo de Inteligência da PM. A parte operacional do grupo vai ser feita pelo COE (Comandos e Operações Especiais), da Companhia de Polícia de Choque da PM. “O nome Samurai foi escolhido, porque vamos combater o tráfico de drogas com inteligência, perspicácia, força, coragem e equilíbrio”, disse Anselmo.

INTERNO – Outros projetos estão em desenvolvimento, internamente, na corporação e terão reflexos na sociedade. Um deles é a criação da Corregedoria para a PM. “A Polícia Militar sempre atuou com rigor, quando detectou desvios comportamentais. Com a Corregedoria vamos acelerar a tramitação de procedimentos administrativos que sejam necessários”, disse ele. O comandante disse que criou a Corregedoria através de portaria, mas que serão apresentados estudos para que seja criada por lei estadual.

Também foi criada uma equipe para realizar o acompanhamento jurídico a policiais militares, que venham a se envolver em confrontos armados e que tenham que responder a processos junto ao Poder Judiciário. “O policial vai contratar um advogado e, muitas vezes, o advogado não conhece de forma plena as nossas questões administrativas. Vamos colocar pessoal à disposição para acompanhar os processos e evitar prejuízos, por exemplo, por perda de prazo”, explicou o comandante. Além disso, ele falou da criação do Estado Maior Especial, que vai realizar o planejamento de comando, como já ocorreu em relação à Operação Escudo.

De acordo com Anselmo, a Polícia Militar passará a contar com um Conselho Revisor, que será coordenado pelo chefe do Estado Maior da PM, o coronel Celso José Mello, e que ficará encarregado de acompanhar as principais ações de comando.

VALORIZAÇÃO – O comandante lembrou ainda do projeto de promoção de praças por antigüidade. “Se cuidar do comportamento, e sem necessidade de fazer nenhum curso, o soldado vai para a reserva pelo menos como sargento”, disse. Anselmo explicou que os concursos e cursos internos vão continuar e, com isso, quem entra como soldado pode chegar até o posto de coronel se for dedicado à carreira e aos estudos. Esse projeto, segundo ele, também do atual governo, deu mais esperanças aos policiais militares, que podem pensar em fazer carreira na instituição. “Essa valorização é importante para termos policiais comprometidos com o propósito da instituição de bem servir à sociedade”, disse.