A melhoria das condições de segurança pública, a partir de uma maior integração com as comunidades, principalmente das áreas de risco, fazem parte dos objetivos do “Segurança Social”, projeto que deverá ser implantado ainda neste ano.

A informação foi transmitida pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo José de Oliveira, que se reuniu na sexta-feira (03) com líderes de diversos segmentos da sociedade para discutir as diretrizes do projeto. Um outro encontro está marcado para a próxima sexta (10).

De acordo com o comandante, a Polícia Militar está trabalhando intensamente para reduzir os índices de criminalidade, mas também é necessária a contribuição da comunidade nesta luta. “Estamos reunindo todos os setores organizados da sociedade para, juntamente com as polícias Militar e Civil, buscarmos a transformação de ambientes e comportamentos e trabalharmos com tranqüilidade, projetando um futuro diferente e muito melhor para a cidade de Curitiba e para o estado”, explicou o coronel.

APOIO - O assessor da presidência da Associação Comercial do Paraná, César Luiz Gonçalves, classificou o projeto como “fantástico” e garantiu que a classe empresarial está disposta a contribuir para a implantação das ações. “O comando da polícia teve uma visão muito interessante e o empresariado pode trabalhar nisso de maneira bem ampla. Podemos envolver o setor empresarial orientando-os na sua produtividade e fazendo também com que ele oportunize emprego para as pessoas que pertencem à área territorial abrangida pelo projeto”, explicou.

Para a representante do clube de serviços Rotary Clube, Joceli Pereira, o projeto, além de viável abre espaço para a participação de outros setores que, por vezes, trabalham de maneira isolada. “É uma boa oportunidade para a sociedade civil organizada, clubes de serviços e outras entidades, organizarem as suas atividades junto à população. Tem muita gente fazendo a mesma coisa só que de forma individual.”

Joceli exemplificou ainda como o clube poderá contribuir para a implementação do projeto. “O Rotary poderá atuar principalmente com relação à criança. Temos um programa distrital chamado ‘Rotary, uma ponte para o futuro das crianças’, que vai ao encontro dessa iniciativa da Polícia Militar”, relatou.

PROMOÇÃO SOCIAL - Diversas secretarias de Estado também estiveram presentes e se propuseram a participar do projeto. Uma delas é a secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, que foi representada na pessoa da coordenadora de políticas de assistência social, Denise Colin. “O projeto é fundamental para unir as forças do Estado e da sociedade civil no aprimoramento da prestação de serviços e no atendimento às demandas da sociedade”, disse.

A secretaria tem, segundo a representante, três políticas públicas sob sua responsabilidade: o trabalho, a segurança alimentar e a assistência social. Colin garantiu que nestas três áreas a pasta poderá atuar, “levando ofertas de programas e ações continuadas para o engajamento desta população na comunidade curitibana”.

Esta foi a primeira reunião executiva entre os segmentos; antes dela foram realizadas outras duas fases: formatação e articulação com os setores. O próximo encontro será na sexta-feira (10), quando serão formadas câmaras técnicas compostas pelos setores com maior afinidade de propósitos entre si, para que as ações sejam ajustadas – de acordo com a área de atuação de cada um – e possam se desenvolver em qualquer espaço da cidade e do Estado.