SOLIDARIEDADE QUE GERA SEGURANÇA 15/06/2011 - 14:00
Moradores de vários bairros de Londrina implantam projeto Vizinho Solidário para prevenir crimes.
A violência sem limites foi o que nos motivou a tomar uma providência. Eu não tinha tranquilidade nem mesmo para caminhar durante o dia no bairro’’. Esse é o relato da presidente da Associação de Bairros do Jardim Shangri-lá A (Zona Oeste de Londrina), Gabriela Fontoura, que comemora os primeiros resultados do projeto Vizinho Solidário. A exemplo do Shangrilá, moradores de pelos menos seis bairros já implantaram o projeto, como uma forma de prevenir assaltos e roubos.
Gabriela explica que o Vizinho Solidário começou a funcionar no início de 2010, quando os moradores resolveram tomar uma providência devido ao número crescente de furto e assaltos que ocorriam durante o dia. ‘‘Cerca de 90% dos moradores já haviam sofrido alguma ação de violência na região. Precisávamos fazer algo e percebemos que somente a observação solidária e o constante estado de alerta poderiam colaborar com a diminuição dos casos’’, afirma a presidente da associação, que mora na região há mais de 30 anos.
De acordo com ela, a primeira reunião contou com a participação de cinco pessoas. Um ano depois, mais de 250 pessoas já estão cadastradas no projeto. A moradora explica que o intuito é mostrar aos vizinhos que a questão de segurança é sempre um tripé, no qual três fatores se relacionam: a ação de assalto, os fatores que influenciam para que ele ocorra e a observação solidária.
‘‘Decidimos nos unir e um cuidar da casa do outro, ao invés de cuidar somente da nossa casa’’, contou Gabriela, completando que todas pessoas cadastradas utilizam uma placa de identificação em frente às suas casas e quando observam alguma movimentação estranha utilizam o apito para que os demais fiquem em estado de alerta e liguem para o polícia, caso necessário. Cada morador desembolsa aproximadamente R$ 10 para adquirir a placa e o apito.
Gabriela acrescenta que, inicialmente, os moradores ficaram apreensivos quanto a possíveis retaliações. Porém, a implantação do projeto já reduziu em aproximadamente 80% dos casos de violência contra os moradores. ‘‘É claro que isso não substitui o trabalho da polícia, mas já é uma iniciativa dos moradores, que pode contribuir com a sensação de segurança na cidade’’, completa.
A aposentada Margarida Almeida, moradora do bairro há três anos, avalia como positiva a implementação do projeto. ‘‘Logo que mudei aqui, nós fomos assaltados, levaram vários eletroeletrônicos, só não levaram o carro, porque o portão emperrou. Já estávamos preocupados de continuar aqui, mas ficamos um pouco mais aliviados com a iniciativa, que já está gerando resultados’’, disse.
No bairro Aeroporto (Zona Leste de Londrina), o presidente da associação de moradores, Guilherme Mazirone, explica que o projeto Vizinho Solidário proporcionou mais um benefício, além do aumento da segurança: a aproximação entre os moradores. ‘‘Apesar de iniciado há apenas um mês, já estamos sentindo que os moradores estão mais próximos. Cada um está preocupado com a segurança do outro’’, afirma. ‘‘A correria do dia a dia faz com que as pessoas se distanciem. Com o projeto, todos se sentem mais a vontade para avisar um vizinho quando vai viajar e pedir para que ele olhe sua casa, enquanto o outro estiver fora.’’
Mazirone explica que a ideia de implantar o projeto surgiu, porque os moradores não estavam mais tendo sôssego no bairro. ‘‘Aqui estava um caos. Praticamente, a maioria das casas do bairro já foi assaltada. Estamos iluminação deficiente, terrenos baldios que se transformaram em mocó e um minuto de distração já é o suficiente para ocorrer algo. Esse projeto nos pareceu ser simples, prático e funcional’’, destaca.
O presidente de bairro alerta, porém, que a ação de ser utilizada de forma cuidadosa. ‘‘Nós sempre aconselhamos que o apitaço deve ser realizado de forma preventiva. É claro que se o bandido está dentro da casa do vizinho apontando a arma para cabeça dele, o outro não deve reagir. Ele pode ajudar ligando para a polícia’’, explica.
O casal de aposentado Arioly Bordin e Regina Morselli, moradores do bairro há 37 anos, opinam que mesmo com muros alto, cerca elétrica e portão trancado o dia todo, eles também se sentiam muito inseguros em deixar a casa sozinha, quando viajavam para a casa das filhas em Curitiba.‘ Agora, ficamos bem mais tranquilos quando vamos viajar e deixamos a casa sozinha’’,finalizou.
A violência sem limites foi o que nos motivou a tomar uma providência. Eu não tinha tranquilidade nem mesmo para caminhar durante o dia no bairro’’. Esse é o relato da presidente da Associação de Bairros do Jardim Shangri-lá A (Zona Oeste de Londrina), Gabriela Fontoura, que comemora os primeiros resultados do projeto Vizinho Solidário. A exemplo do Shangrilá, moradores de pelos menos seis bairros já implantaram o projeto, como uma forma de prevenir assaltos e roubos.
Gabriela explica que o Vizinho Solidário começou a funcionar no início de 2010, quando os moradores resolveram tomar uma providência devido ao número crescente de furto e assaltos que ocorriam durante o dia. ‘‘Cerca de 90% dos moradores já haviam sofrido alguma ação de violência na região. Precisávamos fazer algo e percebemos que somente a observação solidária e o constante estado de alerta poderiam colaborar com a diminuição dos casos’’, afirma a presidente da associação, que mora na região há mais de 30 anos.
De acordo com ela, a primeira reunião contou com a participação de cinco pessoas. Um ano depois, mais de 250 pessoas já estão cadastradas no projeto. A moradora explica que o intuito é mostrar aos vizinhos que a questão de segurança é sempre um tripé, no qual três fatores se relacionam: a ação de assalto, os fatores que influenciam para que ele ocorra e a observação solidária.
‘‘Decidimos nos unir e um cuidar da casa do outro, ao invés de cuidar somente da nossa casa’’, contou Gabriela, completando que todas pessoas cadastradas utilizam uma placa de identificação em frente às suas casas e quando observam alguma movimentação estranha utilizam o apito para que os demais fiquem em estado de alerta e liguem para o polícia, caso necessário. Cada morador desembolsa aproximadamente R$ 10 para adquirir a placa e o apito.
Gabriela acrescenta que, inicialmente, os moradores ficaram apreensivos quanto a possíveis retaliações. Porém, a implantação do projeto já reduziu em aproximadamente 80% dos casos de violência contra os moradores. ‘‘É claro que isso não substitui o trabalho da polícia, mas já é uma iniciativa dos moradores, que pode contribuir com a sensação de segurança na cidade’’, completa.
A aposentada Margarida Almeida, moradora do bairro há três anos, avalia como positiva a implementação do projeto. ‘‘Logo que mudei aqui, nós fomos assaltados, levaram vários eletroeletrônicos, só não levaram o carro, porque o portão emperrou. Já estávamos preocupados de continuar aqui, mas ficamos um pouco mais aliviados com a iniciativa, que já está gerando resultados’’, disse.
No bairro Aeroporto (Zona Leste de Londrina), o presidente da associação de moradores, Guilherme Mazirone, explica que o projeto Vizinho Solidário proporcionou mais um benefício, além do aumento da segurança: a aproximação entre os moradores. ‘‘Apesar de iniciado há apenas um mês, já estamos sentindo que os moradores estão mais próximos. Cada um está preocupado com a segurança do outro’’, afirma. ‘‘A correria do dia a dia faz com que as pessoas se distanciem. Com o projeto, todos se sentem mais a vontade para avisar um vizinho quando vai viajar e pedir para que ele olhe sua casa, enquanto o outro estiver fora.’’
Mazirone explica que a ideia de implantar o projeto surgiu, porque os moradores não estavam mais tendo sôssego no bairro. ‘‘Aqui estava um caos. Praticamente, a maioria das casas do bairro já foi assaltada. Estamos iluminação deficiente, terrenos baldios que se transformaram em mocó e um minuto de distração já é o suficiente para ocorrer algo. Esse projeto nos pareceu ser simples, prático e funcional’’, destaca.
O presidente de bairro alerta, porém, que a ação de ser utilizada de forma cuidadosa. ‘‘Nós sempre aconselhamos que o apitaço deve ser realizado de forma preventiva. É claro que se o bandido está dentro da casa do vizinho apontando a arma para cabeça dele, o outro não deve reagir. Ele pode ajudar ligando para a polícia’’, explica.
O casal de aposentado Arioly Bordin e Regina Morselli, moradores do bairro há 37 anos, opinam que mesmo com muros alto, cerca elétrica e portão trancado o dia todo, eles também se sentiam muito inseguros em deixar a casa sozinha, quando viajavam para a casa das filhas em Curitiba.‘ Agora, ficamos bem mais tranquilos quando vamos viajar e deixamos a casa sozinha’’,finalizou.